Faço parte da sociedade calvinista

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Qual é o seu grupo?


      Postado por: Edson Pereira

      A teologia como ciência se destina a interpretar e dar provas concretas acerca da nossa fé, tendo como fundamento as Escrituras. Porém a Teologia Cristã deste o seu nascedouro com os Pais da Igreja, Idade média, Reforma Protestante e em nossos dias, embora tenha a Bíblia como seu princípio norteador, nela reside uma diversidade de interpretes que usam a Bíblia como sua fonte de interpretação teológica. E aqui eu quero dividir com base na História do Pensamento Cristão essa diversidade de interpretes em dois grupos.

     O primeiro grupo se destina a interpretar as Escrituras a partir da exegese, que extrai da Bíblia os princípios que darão norte a sua teologia. O segundo grupo é aqueles que interpretam as Escrituras a partir da eisegese, enxertam na Bíblia aquilo que eles pensam e com isso estabelecem sua teologia. Com isso acredito que estas duas maneiras de se fazer teologia tem sido determinante na construção teológica do pensamento cristão.

    Estes dois grupos estiveram deste o princípio caminhando sempre de lados opostos e com certeza nós fazemos parte de um destes dois grupos, com isso convido a todos para refletir em que grupo nós estamos inseridos. Que Deus nos ajude.

SOLUS CHRISTUS.





Análise dos Cânones de Nicéia

Postado por:Edson Pereira

INTRODUÇÃO
Nesta análise dos Cânones do Concílio de Nicéia destacaremos dois pontos que norteiam estes cânones. Primeiro o Clero exercendo sua autoridade. Segundo, a forma como o clero administrava as questões eclesiais. Nesta exposição procuramos sistematizar esta análise conforme os dois pontos acima citados.
1. O Clero
1.1. Sua autoridade
Encontramos nestes cânones a influência e autoridade do clero. Primeiro, na ordenação dos bispos. No cânon IV para um bispo ser escolhido era necessário o apoio de todos os bispos ou no mínimo três. Sendo que esta escolha deveria passar pela aprovação do metropolita. O metropolita tinha jurisdição sobre os outros bispos. Na sua província tinha a competência de todas as questões. Ele convocava e presidia os concílios. 1
Em segundo, o primado2 das jurisdições. O cânone VI diz que a autoridade do bispo de Alexandria repousaria nas regiões do Egito, Líbia e Pentápolis. Em Roma sobre a jurisdição do bispo romano. Assim também em Antioquia sobre a autoridade do seu bispo e como as demais regiões com os seus respectivos bispos.
Terceiro, conferir honras. No cânon VII o bispo de Aélia (Jerusalém) deveria ser honrado como predominava a tradição.
Por último, restrições clericais. Os eunucos que se castrassem não seriam aceitos, salvos aqueles que eram vítimas de enfermidades ou mutilados pelos bárbaros afirma o cânon I. No cânon II era proibida a ordenação de neófitos. O III cânon proibia a “coabitação com mulheres”. 3
2. Administração eclesiástica
2.1. Na realização dos sínodos – Para investigar os motivos relacionados à excomunhão foram estabelecidos dois sínodos: um seria realizado na quaresma e outro no outono conforme o V cânon.
2.2. Na admissão dos movimentos cristãos marginais – Cátaros, cânone VIII e os Paulianistas cânone XIX.
2.3. Disciplina
2.3.1. No clero – aqueles que foram ordenados sem uma prévia avaliação e considerados culpados de crime seria depostos conforme o IX cânone. O cânone X diz que os apóstatas deveriam ser demitidos. No cânone XVII alguém que praticasse usura ou recebesse 150% do que emprestou seria deposto.
2.3.2. Na igreja – Os cristãos que caíram sem coerção, espoliação, etc. Seriam genuflectores por doze anos de acordo com o cânon XI. Ex-soldados que retornaram as atividades militares eram excomungados por dez anos diz o XII cânon. No cânon XIV os catecúmenos que apostataram passariam três anos apenas como ouvintes.
2.4. Enfermos – Os enfermos deveriam receber a eucaristia cânone XIII.
2.5. Advertências – Contra os desertores cânones XV e XVI.4 Os diáconos no cânon XVIII foram advertidos a não exercerem as funções dos presbíteros, mas atuarem dentro de suas funções.
2.6. Dias solenes – Nos dias do Senhor e Pentecostes todas as orações deveriam ser realizadas em pé cânone XX.

Considerações finais
Em nossa análise dos vinte cânones de Nicéia percebemos a forte atuação do Clero na imposição de sua autoridade para ordenar, delegar poderes e restringir ações contrárias as suas regras. Depois a forma como eles administraram as necessidades eclesiais como os sínodos, admissão dos cristãos marginais, disciplina, enfermos e dias solenes.

Fontes: 1. BERARDINO, Angelo Di (Org.). Dicionário patrístico e de antigüidades cristãs. Tradução de Cristina Andrade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002, p. 104.2
2. LACOSTE, Jean-yves (Org.). Dicionário crítico de teologia. Tradução Paulo Meneses, et al. São Paulo: Paulinas : Edições Loyola, 2004, p. 1252.
3. Loc cit.
4. Loc cit.
5. http://www.e-cristianismo.com.br/pt/historia/documentos/50-
canones-do-concilio-de-niceia.

A família na terceira idade

Postado por:Edson Pereira
Texto: Salmo 71. 14-18

1. A velhice é inevitável

1.2. Para todos os seres humanos e animais;
1.3. “Vivemos envelhecendo e envelhecemos vivendo”;
1.4. Ela não é um fim em se mesma, mais uma nova etapa da vida;


2. Sinais da velhice
2.1. Mudanças no corpo
a) Mudanças na aparência;
b) Mudanças sensoriais;
c) Mudanças sistêmicas;
d) mudanças sexuais;

2.2. Mudanças na mente
a) Memória fraca;
b) Raciocínio lento;
c) Dificuldade em compreender idéias novas e de desenvolvê-las;

3. Imagens negativas sobre a velhice
3.1. Sobre sua capacidade física
a) Invalidez – para nada mais presta, que perdeu a validez;

3.2. Sobre sua capacidade mental
a) Equilíbrio – domínio próprio da vontade, emoções e etc. O idoso (a) é tratado como alguém que não tem mais capacidade para decidir as coisas da vida;
3.3. Sobre sua capacidade social
a) Rejeição – a velhice torna estas pessoas inabilitadas para o convívio social, são consideradas: desatualizadas, desengajadas e de difícil convívio;

4. A velhice e os “dois lados de sua moeda”
4.1. Ganhos
a) Genros, noras, netos e netas;
b) Sucessão;

4.2. Perdas
a) Não somos permanentes;
b) A morte se aproxima;

5. Um novo olhar sobre a velhice
5.1. A velhice é uma dádiva de Deus: “Só pode envelhecer quem recebeu de Deus a graça de viver”;
5.2. A velhice valoriza a vida;
5.3. A velhice revela nossa história;
5.4. A velhice é uma nova escola onde desenvolveremos novas habilidades;
5.5. A velhice é o triunfo daqueles que sobreviveram em meio às tempestades da vida;

6. Como enfrentar a velhice?

Salmo 71. 14-18

I. Esperando em todo tempo no Senhor v.14
a) Alegria
b) Dor
c) Fartura
d) Enfermidade
e) Morte

II. Em adoração profunda v.14/b, 15
a) Cada momento e cada instante a nossa adoração se torna mais intensa;
b) Pela sua graça que é sem medida v. 15 – para Justificar e para salvar

III. Lembrando dos feitos e atributos do senhor v. 16,17
a) Em todos os momentos v.16
b) Conforme a revelação do Senhor v. 17

IV. Cumprido sua missão v.18
a) Proclamar a glória do Senhor
b) Levar todos a se prostrarem diante do Rei da Glória



Referências:
1. COLINS, Gary R. Aconselhamento Cristão: edição século 21. São Paulo: Vida Nova, 2004.
2. HERTEL, Hildegart; HEIDEMANN, Enos. Vivemos envelhecendo, envelhecendo vivemos. 2. Ed. São Leopoldo, RS: Sinodal, 1994. (Crer e Viver; 10).