Faço parte da sociedade calvinista

sábado, 1 de agosto de 2009


Jesus, a Luz do Crente

Texto: 1Jo 1.5-10

INTRODUÇÃO

Nesta lição o Apóstolo ensina que Cristo veio revelar o caráter do Pai, como também mostrar as características do verdadeiro cristão que esta em comunhão com Deus por meio de Cristo.

I. JESUS VEIO REVELAR O PAI (v.5)

No seu Evangelho e na sua primeira carta João diz que Jesus veio revelar a Deus como também os seus predicados (Jo1.14,18; 3.16; 14.9-11; 1Jo1.5;3.16), contrastando o ensinamento gnóstico que afirmava que o Deus do Antigo Testamento era mau e perverso.

1. “Deus é Luz”

Deus é Luz, se refere a sua pureza, clareza. Declara a excelência da perfeição Divina. Em Deus está a completa beleza e perfeição que podem ser representadas a nós pela luz.

2. “nele não há treva alguma”

Em Deus não há defeito ou imperfeição, Ele é absolutamente, Santo, Justo e Verdadeiro. Ele esta em oposição às trevas, viver Nele é viver na luz.

II. CARACTÉRISTICAS DO VERDADEIRO CRISTÃO (VS. 6-10)

1. Não anda em trevas, mas na luz (VS.6,7)

A primeira característica de um seguidor de Cristo é que sua vida está refletindo do seu interior à luz de Deus por meio de Cristo (Jo 8.12). Esta luz é um sinal que revela que estamos gozando de uma comunhão profunda com Deus e com o próximo. João afirma que temos em Cristo a garantia dessa comunhão, através do seu sangue derramado por nós na cruz do Calvário.

2. Não nega, mas confessa que é pecador (VS. 8-10)

Os mestres gnósticos afirmavam não ter pecado como também não havia necessidade de confessá-los. Porém João afirma que o verdadeiro cristão é caracterizado por sua humildade em reconhecer que é um pecador. Confessar os nossos pecados significa admitir, concordar com o diagnóstico de Deus ao nosso respeito, que somos pecadores e que temos cometido pecados, e assim verbalizarmos com essa concordância com tristeza e pesar. E Deus como sempre é fiel nos perdoa e purifica-nos de todo o pecado.

CONCLUSÃO

Ser um cristão é viver na luz de Deus revelada em Cristo. Essa luz é revelada por meio das nossas ações que são candeias que refletem a luz do Criador em nossas vidas levando os homens a glorificarem a Deus.

BIBLIOGRAFIA

A Bíblia de Jerusalém

Henry, Matthew. Comentário Bíblico do Novo Testamento – Atos a Apocalipse – Rio de Janeiro – CPAD- 1ª edição/2008.

Lopes, Augustus Nicodemus. Interpretando o Novo Testamento: Primeira Carta de João – São Paulo: Cultura Cristã, 2004.

Kistemaker, Simon J. Comentário do Novo Testamento: Tiago e Epístolas de João. São Paulo: Cultura Cristã, 2006.

domingo, 26 de julho de 2009


Lição – 2
Jesus, O Filho Eterno de Deus
Texto: 1JOÃO 1.1-4

Introdução
Nestes primeiros versículos, encontramos o desejo do Apostolo João de levar os seus destinatários ao conhecimento correto acerca das naturezas: eterna e divina de Jesus Cristo, e assim desfazer o falso ensino gnóstico, que negava as duas naturezas de Cristo. Outro fato importante é que João faz uso de três sentidos físicos para provar, a presença Divina e Física do Senhor Jesus. E por fim ele nos ensina que um conhecimento correto acerca de Jesus resultará em comunhão e alegria completa.

I. CRISTO É ETERNO
O que era desde o princípio (1.1a). Aqui João se refere a Jesus Cristo. João apresenta Jesus como um ser que é eterno. Na bíblia encontramos outros registros que não só atestam como também corroboram esta afirmação de João sobre a eternidade de Jesus Cristo. Em Isaías 9.6 Cristo é chamado “Pai da Eternidade”, e Miquéias declara que esse mesmo Jesus que do lado humano deveria nascer em Belém, era, do lado divino, aquele “cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2).

II. CRISTO É HUMANO
Porque a Vida manifestou-se (1.2a). Aqui o verbo manifestar aponta para a revelação de Jesus em sua primeira vinda e indica sua encarnação. Quais foram os propósitos de sua Encarnação? Vejamos alguns.
i. Salvar os perdidos (Lc 19.10, Mt 1.21);
ii. Revelar Deus ao homem (Jo 1.18, 14.9; Hb1.1);
iii. Ser um Fiel e Misericordioso Sumo Sarcedote (Hb 2.17, 4.14-16);
iv. Destruir as obras do diabo (1Jo 3.8).

III. A REVELAÇÃO DE CRISTO AOS APÓSTOLOS POR MEIO DOS SENTIDOS
“o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos, e o que as nossas mãos apalparam do Verbo da vida” (1.1b). Para provar a Eternidade e Humanidade de Jesus Cristo, João apresenta os três sentidos mais elevados dos homens (audição, visão e tato), como o meio usado por Cristo em sua revelação para ser usado no testemunho apostólico (1.3a).

IV. O CONHECIMETO CORRETO SOBRE JESUS CRISTO E SUA CONSEQUENCIAS
“O que vimos e ouvimos vo-lo anunciamos para que estejais também em comunhão conosco. E a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo”. (1.3). Veja que neste versículo, o Apóstolo informa que o conhecimento adquirido, por ele e os demais discípulos acerca do Mestre, sendo aceito pelos irmãos, a quem a carta é dirigida, resultará em uma profunda comunhão com os Apóstolos, pois comunhão aqui se refere à união com os Apóstolos sobre o testemunho verdadeiro do Filho de Deus, dando aos irmãos uma oportunidade singular de desfrutarem, assim como os Apóstolos, comunhão com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo, em que reside a salvação.
“E isto vos escrevemos para que a nossa alegria seja completa”. (1.4). Aqui João nos informa outra conseqüência de se ter um conhecimento correto acerca de Jesus Cristo. Além dos irmãos desfrutarem duma comunhão vertical (com o Pai e com o Filho) e horizontal (com os Apóstolos), eles encontrariam no conhecimento correto de Jesus Cristo uma alegria (satisfação, gozo) completa. Como disse Agostinho “Fizeste-nos, Senhor, para Ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em Ti”. Este descanso não significa a simplesmente cessação de um conflito, mas uma satisfação completa que só se alcança quando compreendemos o que Cristo e sua obra significam para nós.

Conclusão

A base doutrinária para toda comunhão verdadeira é a pessoa do Senhor Jesus Cristo. É impossível haver comunhão autêntica com Deus e com o próximo quando se adota conceitos falsos acerca de Cristo.


Obras consultadas:

A Bíblia de Jerusalém – Nova Edição, Revista – Editora Paulus, 2001.
Chafer, Lewis Sperry – Teologia Sistemática Volume 1&2, São Paulo: Hagnos, 2003.
Lopes, Augutus Nicodemos – Interpretando o Novo Testamento: Primeira Carta de João – São Paulo: Cultura Cristã, 2004.
MacDonald, William – Comentário bíblico popular – Novo Testamento – São Paulo: Mundo Cristão, 2008.
Rienecker, Fritz – Chave lingüística do Novo Testamento grego – São Paulo: Vida Nova, 1995.
Stott, John R. W. As Epístolas de João: Introdução e Comentário em Série Cultura Cristã Bíblica – São Paulo: Vida Nova, 2006.