Faço parte da sociedade calvinista

domingo, 2 de agosto de 2009


JESUS, O REDENTOR E PERDOADOR

Texto: 1Jo 2.1,2


INTRODUÇÃO

João neste capítulo inicia, com um tom paternal e pessoal, informando aos seus destinatários o propósito de suas admoestações, visando afastá-los da prática do pecado, como também consolar aqueles que como por um acidente haviam caído em pecado. Ele apresenta algumas funções de Cristo e o que elas significam para nós.

I. AS FUNÇÕES DE CRISTO (Vs.1, 2)

João começa este parágrafo advertindo os crentes para não se entregarem a prática do pecado, pois essa não é a vontade de Deus para os seus filhos, em razão de as trevas estarem em desacordo com a luz. Porém João fala aos seus leitores da possibilidade do servo do Senhor pecar, e que esse pecado pode romper a nossa comunhão com Deus nosso Pai, sem, contudo romper o nosso relacionamento com Ele. Então João aponta para Cristo como o único meio de restaurar a comunhão quebrada com o Pai.

1. “temos como advogado, junto do Pai, Jesus Cristo, o Justo”

De acordo com João Jesus é o advogado do crente na presença de Deus Pai. Na literatura rabínica esta palavra podia indicar a pessoa que oferecia auxilio legal ou aquela que intercedia a favor de outra. No presente contexto, a palavra significa, indubitavelmente, advogado de defesa – num sentido jurídico.
O trabalho característico de um advogado é junto ao juiz defender a causa do seu cliente – Agora imaginemos nós diante do tribunal de Deus para sermos julgados pelos nossos pecados, e Deus por amor aponta Cristo para nos defender e assim restaurar nossa comunhão diante Dele (2Co 5.18,19).

Outra coisa interessante neste texto é base da nossa absolvição. Sempre quando um Advogado é chamado para defender uma causa ele procura provar a inocência do seu cliente e com base nisso dar provas suficientes para levá-lo a sua absolvição. Porém conosco foi diferente estávamos todos mortos em nossos delitos e pecados (Ef 2.1, Rm 3.23, Rm 6.23), as nossas obras eram incapazes de nos salvar (Ef. 2.9, Is 64.6). Por tanto, conforme a justiça Divina determinava, todos estão condenados. Porém com base na justiça de Cristo (o Justo) foi possível a nossa absolvição (2Co 5.18,19, Rm 3.21-26). Ó maravilhosa graça! Não por meio de obras, esforços humanos, ou pagamentos, ninguém jamais foi salvo, nem jamais alcançará a justificação dos seus pecados, só através de Jesus Cristo, o Justo.

II. “Ele é a vitima de expia pelos nossos. E não somente pelos nossos, mas também de todo mundo”

João diz que Cristo é a vítima expiatória, o sacrifício propiciatório que foi oferecido ao Juiz por todas as nossas ofensas contra a sua majestade, lei e governo. Ao morrer por nós, ele nos libertou da culpa do pecado e nos restaurou a Deus, pois fez a reparação necessária e removeu todas as barreiras para a comunhão.
Depois de falar sobre o que Cristo fez por nós na Cruz do Calvário João conclui este parágrafo falando da suficiência do sacrifício de Cristo. A frase, mas também de todo o mundo está relacionado não a cada criatura feita por Deus, pois então os anjos caídos compartilhariam da redenção de Cristo. As palavras todo mundo descrevem o mundo em sua totalidade, não necessariamente em sua individualidade. Jesus morreu por todas as pessoas que crêem nele e que vêm de “todas as nações, tribos, povos e línguas”(Ap 5.9).

CONCLUSÃO

O que minhas mãos tem feito
Não pode salvar minha culpada alma;
O que minha sofredora carne tem suportado
Não pode fazer meu espírito íntegro.
O que eu sinto ou faço
Não pode dar-me paz com Deus;
Nem todas as minhas orações e gemidos e lagrimas
Podem suportar meu doloroso fardo.

Tua graça, tão somente, ó Deus,
A mim pode falar de perdão;
Teu poder, tão – somente, ó Filho de Deus,
Pode desfazer essa dolorosa escravidão.
Nenhuma outra obra senão a tua,
Nenhum outro sangue senão o de Cristo,
Nenhuma força senão aquela que é divina,
Pode conceder-me segurança”.
Horatius Bonar

BIBLIOGRAFIA

1. A Bíblia de Jerusalém Nova Edição, Revista – Editora Paulus, 2001.

2. Henry, Matthew. Comentário Bíblico do Novo Testamento – Atos a Apocalipse – Rio de Janeiro – CPAD- 1ª edição/2008.

3. Hendriksen, William – Comentário do Novo Testamento: Romanos. São Paulo: Cultura Cristã, 2001

4. Kistemaker,SimonJ.Comentário do Novo Testamento: Tiago e Epístolas de João. São Paulo:CulturaCristã,2006.

5. MacDonald, William – Comentário bíblico popular – Novo Testamento – São Paulo: Mundo Cristão, 2008.

6. Rienecker, Fritz – Chave lingüística do Novo Testamento grego – São Paulo: Vida Nova, 1995.